11 de julho – Dia do martírio dos Basilianos de Polótsk

Os mártires de Polótsk foram quatro religiosos da Ordem de São Basílio Magno mortos por soldados de Moscou e pelo czar Pedro I em 11 de julho de 1705, na Catedral de Santa Sofia em Polótsk (Bielorrússia). Embora ainda não sejam oficialmente canonizados, os grecos católicos da Bielorrússia os reconhecem como mártires da fé.

Em 2000, o pesquisador bielorrusso de história Mikhas Bovtovych coletou, analisou e publicou, além de “A História do Assassinato dos Basilianos”, pelo Arquimandrita da Ordem Basiliana, Pe. Anonij Zavadsky também outras sete fontes sobre o evento que ocorreu em Polótsk. Segundo esta informação, onze Basilianos foram feridos como resultado do “massacre de Polótsk”, quatro deles foram mortos e o restante passou vinte e duas semanas na prisão ou conseguiram fugir.

Nome dos quatro Basilianos mortos:

Pe. Constantino Zayachkivsky (existe a versão Zaykivskyi), vigário do mosteiro de Polótsk. Segundo algumas fontes, o assassinato dos Basilianos começou com ele. Morto no altar principal ou no altar de São Josafat. Czar Pedro I o bateu fortemente com um cacetete, cortou suas orelhas e depois ordenou que fosse enforcado. Mas antes disso, foi amordaçado е torturado, visto que o interesse do Czar era descobrir os tesouros da Igreja e as relíquias de São Josafat. Depois de enforcado o corpo foi jogado no Rio Dvina.

Padre Teofânio Kolbechynsky, pregador do mosteiro Basiliano de Polótsk. Filho de João e Catarina, nascido aproximadamente em 1674 na Lituânia. Entre 1698 e 1704, estudou no Pontifício Colégio dos Jesuítas, em Brownsberg. Nas vésperas do acontecimento entregou suas obrigações ao Padre Clemente Roznyatovsky, e estava se preparando para a mesma função em Vitébsk ou Vílnius. Segundo algumas fontes, o Czar o jogou ao chão e um enorme cão raivoso negro o mordeu quase até a morte, depois foi enforcado. Outras fontes deixam claro que ele foi capturado pelos oficiais de Moscou quando tentou sair da igreja, pelo altar de São Josafat. Após sua morte, o corpo foi aparentemente queimado.

Padre Yakiv Knyshevych, regente do coro da igreja. Foi brutalmente espancado por oficiais do outro lado da igreja, enquanto o Czar e seu capanga Menshikov estavam torturando Padre Zayachkivsky. Morreu algum tempo depois pelos graves ferimentos. Após a morte, o corpo aparentemente foi queimado.

Padre Yakiv Kizikovsky, antigo superior do mosteiro Basiliano de Polótsk. Filho de Theodoro e Pelagia, nascido em 19 de agosto de 1665, na Volênia. Entre 1691-1693, estudou no Pontifício Colégio Grego de Santo Atanásio, em Roma, onde obteve seu doutorado em teologia. Antes do acontecimento entregou seu ofício ao Padre Laurêncio Kapárskei, e se preparava para assumir a missão de superior no mosteiro Basiliano da Santíssima Trindade em Vílnius (capital da Lituânia). Diferentes fontes dão várias versões sobre sua morte.  Segundo alguns, ele foi capturado por soldados de Moscou perto do portão do mosteiro, onde mais tarde foi torturado. Outros relatam que ele foi morto pelo Czar em sua cela. O que está descrito na crônica de Mogilev («Могильовська хроніка») é que o Czar o perfurou com uma espada quando este entrou na igreja. Às dez horas da noite, os soldados o arrastaram para a sala do mosteiro, onde ele morreu uma hora e meia depois. Após sua morte, o corpo foi aparentemente queimado.

Além dos quatro hieromonges: Constantino Zayachkivsky, Teofânio Kolbechynsky, Yakiv Knyshevych e Yakiv Kizikovsky, algumas fontes apontam também um quinto religioso Basiliano morto nesse atentado: Joseph Ankudovich, mas o pesquisador bielorrusso Mikhail Bovtovich, depois de analisar várias fontes de informação, afirma que Ankudovich depois de numerosas feridas recebidas dos moscovitas, sobreviveu e deixou seu testemunho sobre esse evento.

 

Fontes:

 

Artigo original em ucraniano:

Pe. Jeronim Oleg Hrim, OSBM

Tradução:

Pe. Estefano Wonsik, OSBM

 

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