NOVICIADO

A missão basiliana no Brasil nas primeiras décadas foi alimentada pelos recursos humanos que vinham da Ucrânia. Alguns padres vieram e aqui ficaram definitivamente; outros se revezavam, trabalhando aqui por algum tempo e daí voltavam para a terra natal, vindo outros em seu lugar.

Com o decorrer do tempo, porém, os basilianos no Brasil foram tomando consciência da necessidade de formar padres aqui mesmo. Era a medida a ser tomada em vista da realidade que se impunha: o crescente campo de trabalho com o desenvolvimento dos núcleos ucranianos que se espalhavam nos territórios do sul, as nuvens negras que se formavam na Europa que podiam a qualquer momento interromper o fluxo de pessoas procedente da Ucrânia. A Europa vivia o período de gestação do segundo grande conflito mundial, e na Ucrânia o comunismo aprofundava o seu poder totalitário.

Planos de abrir um noviciado no Brasil eram aventados desde algum tempo, mas somente em 1932 foram levados a efeito. O lugar mais adequado era Prudentópolis e tinha chegado da Ucrânia, em 1931, um padre apto para ser mestre de noviços, Pe. Nicolau Lysko. E já havia três jovens que se declararam dispostos para iniciar o noviciado. Registre-se que o primeiro noviço e o primeiro padre made in Brazil foi o Pe. José Preima.

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Assim, no dia 7 de abril de 1932, deu-se a abertura oficial do Noviciado basiliano no Brasil. A comunidade de Prudentópolis reuniu-se na capela do mosteiro e, após um ofício de invocação da assistência do Espírito Santo, o padre Lysko fez um pronunciamento destacando os objetivos da formação no noviciado e sua importância para a missão basiliana no Brasil.

Esse primeiro noviciado funcionou de 1932 a 1937. O padre Lysko estabeleceu um programa de formação segundo os moldes que vigoravam na Ucrânia, tendo como objetivo fundamental a formação espiritual e monástica dos futuros membros da Ordem. Além disso, naquele tempo, o noviciado incluía aspectos culturais: música e canto, ainda que basicamente fosse canto litúrgico, muita leitura, sobretudo de literatura religiosa. Havia também aulas de língua ucraniana, de latim e até, dizem, alguma coisa de polonês e alemão.

Em 1937, o noviciado foi interrompido, basicamente por falta de pretendentes, mas igualmente pela sobrecarga dos padres no trabalho pastoral que os limitava para oferecer ajuda na formação no noviciado. Havia, desde algum tempo, planos de abrir um seminário menor, com a finalidade de oferecer uma melhor preparação para os eventuais candidados ao noviciado. O seminário se tornou realidade somente em 1935.

O noviciado permaneceu interrompido por 4 anos. Mas, em janeiro de 1941, ele foi restabelecido e cumpre a sua missão até hoje. Em 1948, o Noviciado foi transferido para Ivaí, instalado no novo mosteiro construído pelo Pe. Nicolau Ivaniv. Ivaí é casa do Noviciado até os dias de hoje. O primeiro mestre da segunda fase do Noviciado foi o Pe. Irenarco Malaniak, ainda procedente da Ucrânia.

O Noviciado basiliano chegou aos seus 80 anos de vida (descontando os 4 anos de interrupção). Foi conduzido, nesse tempo, por 12 mestres de noviços, sendo que desde 1961 por padres “autóctones”. Cerca de 500 candidatos fizeram o noviciado, sendo que 110 chegaram ao sacerdócio (+ de 20%!): 12 deles tornaram-se padres seculares, 3 bispos, 3 padres latinos.

Após a formação fundamental que o noviço cumpre no Noviciado, ele continua a sua formação numa segunda etapa, iniciando ao mesmo tempo os estudos superiores, de Filosofia e Teologia.

Mais informações: Pe. Inácio Malinoski – Noviciado

Fone: (42) 3247-1242