Necrológio dos Padres e Irmãos da Ordem de São Basílio Magno

Província de São José no Brasil

Pe. Metrofano Miguel Mishniak, OSBM

Nasceu em 8 de setembro de 1866 na Ucrânia. Ingressou na Ordem de São Basílio Magno em 24 de junho de 1885, fez seus primeiros votos em 17 de abril de 1887, e os votos solenes em 20 de junho de 1891, a ordenação presbiteral recebeu em 18 de julho de 1891. Veio ao Brasil em 21 de novembro de 1900. Dizia-se que ele era alto e de boa aparência. Trabalhou um pouco em Prudentópolis e em Iracema. É um dos primeiros missionários a passar menos tempo no Brasil. Ele ficou intimidado e desencorajado pelas difíceis circunstâncias do trabalho em Prudentópolis. A revista calendário de Jôukva na Ucrânia do ano de 1903 continha na página 121 uma carta do Pe. Silvestre Kizema datada em 18 de abril de 1902. Nela está descrito: “agora tudo está triste no Brasil.”  Alguns acontecimentos infelizes aconteceram nessa época, em alguns lugares como em General Carneiro (Jangada), em algumas circunstâncias também em Antônio Olinto, o exército atirava nas pessoas, esse episódio acabou acontecendo em Prudentópolis, dia 11 de fevereiro – dia dos três santos prelados (no calendário juliano). O pronunciamento do padre contra a devassidão, e o desrespeito para com os rutenos, eles não poderiam ser tratados como servos dos governos, essa era a pretensão, por isso o plano era acabar com a vida do padre. Assim à tarde, após a celebração, os oponentes se moviam contra os rutenos, mas esses conseguiram quebrar os lampiões e se defenderam contra eles, um deles teve a cabeça esmagada, outro o nariz e um pedaço da orelha executados, dois tiveram a cabeça e os braços espancados e o quinto mal estava vivo e foi levado para a cabana mais próxima. Ainda assim os agressores gritaram: “matem aquele velho padre”. O professor Léh defendeu o padre, e por isso foi levado para a prisão. Então eles cercaram a antiga capela e procuraram o padre, deixando 600 almas que ali estavam saírem um por um. Finalmente, eles gritaram loucamente: “hei, há um velho padre aqui”. Agora decidiram não o matar, mas cortá-lo em pedaços, mas não era o padre, era um bom homem chamado Pedro Kásnhux. Pe. Kizema estava com o Pe. Martinhuk, o sacristão, e mais duas meninas que estavam fervendo água prontas para saudar aqueles que dali se aproximassem com más intenções. Então as pessoas com estacas dispersaram os agressores e guardaram o padre dia e noite durante um mês inteiro. Em 14 de março, o exército chegou. Embora o juiz de Guarapuava pegou 800 milhas por isso, o advogado assegurou que a eles nada iria acontecer. Esses tristes incidentes fizeram com que os padres Kizema e Martinhuk se intimidassem, e assim deixaram o Brasil em 5 de agosto de 1902 voltando para a Galícia. Assim, Pe. Metrofano ficou por um tempo no mosteiro de Lviv, depois em Drohôbetch. Em 1921 foi nomeado vigário no mosteiro de Hóshiv, onde também era diretor espiritual das irmãs da Sagrada Família, lá faleceu aos 6 de novembro de 1922.