Pe. Bartolomeu Basílio Seniuta, OSBM

Importante acentuar que de 1913 até 1923 não chegou ao Brasil nenhum padre ucraniano. Em 1917 chegou o padre Emiliano Ananévitch, mas vindo da Argentina. Pe. Seniuta nasceu no dia 13 de setembro de 1885 na aldeia de Kukiziv – nos arredores de Lviv. Depois de terminar o ensino primário, estudou no ginásio acadêmico de Lviv. Aos 19 anos, no dia 18 de janeiro de 1904, ingressou na Ordem de São Basílio Magno, emitindo a profissão perpétua no dia 28 de agosto de 1910. Foi ordenado sacerdote no dia 5 de janeiro de 1913 na catedral de São Jorge, em Lviv, pelas mãos do venerável metropolita André Sheptytsky, OSBM. Após a ordenação, foi nomeado para o mosteiro Drohobych, onde passou durante quase toda a guerra mundial. Em 1919 foi nomeado administrador da paróquia no povoado de Ulashkivtsi. Em 1922 tornou-se confessor das irmãs da Ordem de São Basílio Magno. No ano de 1923, por sugestão do Pe. Anastácio Kalêsh, OSBM, aceitou se voluntariar para o trabalho missionário no Brasil. No mesmo ano, na festa de São Josafat, fez seu primeiro sermão na praça onde estava planejada a construção de uma nova igreja em Prudentópolis. No ano de comemoração dos trezentos anos do martírio de São Josafat, Pe. Bartolomeu proferiu muitos sermões em diversas localidades onde estavam nosso povo ucraniano. Em 1924 foi nomeado vigário em Prudentópolis, e em 1929 pároco em Iracema – SC. Em 1934 trabalhou em Curitiba, e em 1938 retornou para Prudentópolis onde ficou por mais quatro anos. Mais tarde teve várias funções na província, e trabalhou em diversos lugares onde o povo ucraniano estava mais concentrado. Foi muito cuidadoso e consciente no cumprimento de seus deveres sacerdotais e religiosos, mas acima de tudo, conduzia sempre a Divina Liturgia com muita devoção e proferia os sermões diligentemente.  Trabalhando em Pitanga desde 1956, começou a decair na saúde, principalmente na questão auditiva. Assim, os superiores o transferem para Prudentópolis no ano de 1962, onde levou uma vida serena e de oração até o dia de sua morte aos 2 de julho de 1970. Pe. Seniuta dedicou 47 anos de sua vida ao trabalho missionário no Brasil. Seu funeral foi grandioso com a participação de 15 padres e inúmeros fiéis. Está sepultado no cemitério monástico de Prudentópolis.