Necrológio dos Padres e Irmãos da Ordem de São Basílio Magno

Província de São José no Brasil

Ir. Oléksa Miguel Rubel, OSBM

Nasceu no dia 28 de março de 1946, em Juranda, PR. Filho de Bazilio Rubel e de Amélia Stasiv. Ingressou na Ordem de São Basílio Magno em Ivaí – PR no dia 01 de julho de 1969. Professou os primeiros votos no dia 24 de julho de 1971 e os votos perpétuos no dia 09 de fevereiro de 1977. Viveu a sua vida na humildade e simplicidade, se consagrou a Deus totalmente, dedicou-se aos trabalhos da apicultura e outros afazeres domésticos, unido com Deus na oração e no serviço e diaconia nas celebrações litúrgicas. Graças ao seu caráter gentil e amável, foi amado e respeitado por irmãos da Ordem e pela pequena roda dos amigos com os quais conviveu.Na Igreja, a veneração pública dos santos é autorizada por Santo Padre pelo ato de beatificação e canonização. Mas nada impede que cada pessoa, em particular, escolha para si o seu santo particular para a veneração pessoal sem a proclamação oficial da igreja da sua santidade. As pessoas são proclamadas santas por Deus, porque como diz S. Paulo, todo o cristão é santo em força do batismo e da fé em Cristo. Os santos não se fazem em força da sua posição social, por títulos, poderes sociais e eclesiásticos ou algo semelhante. Os mais humildes, como todos outros, fazem-se santos pela fé viva em Deus. Assim, não receio em considerar o irmão Alexandre um santo, um venerável homem de Deus, elevado à santidade pela força do seu batismo e confirmado pela sua vida consagrada e digna, na qual não houvia malícia, apenas serviço, fraternidade, alegria e bondade. Alexandre, na sua principal ocupação, apicultura, nem sequer tinha coragem de esmagar uma abelha que o feria; quando alguma o aferroava, parecia que não sentia dor, mas sentia uma tristeza pelo fato da pobrezinha ter perdido sua vida ao aferroá-lo. As ocupações cotidianas do Irmão Alexandre eram simples. Trabalhava na propriedade do mosteiro, servia na igreja, ajudava nas celebrações. De manhã, antes que a comunidade acordasse, ele já estava na igreja e, depois de preparar o altar para a missa, se ajoelhava diante do Santíssimo e rezava. Depois da celebração da missa, na qual servia aos sacerdotes, e da recitação das horas com a comunidade, tomava o seu desjejum matinal, dirigia-se ao seu quarto para leitura espiritual e, em seguida, dedicava o restante do tempo para trabalhos. Ocupava-se com diversos trabalhos caseiros. Não se pode deixar de lembrar do seu espírito esportivo. Dificilmente perdia a oportunidade de participar das peladas de futebol com os noviços. Apreciava tanto o esporte que até quando doente não deixava de praticar. Lembramos um fato bem interessante: depois de uma cirurgia, retornando do hospital, ainda debilitado, ao ver que os noviços jogando bola, logo foi participar do jogo. Trabalhador dedicado, coração bondoso, homem em que não havia maldade. Descansou no Senhor no dia 22 de fevereiro de 2017. Está sepultado no cemitério monástico de Ivaí, onde por toda sua vida dedicou-se. Eterna memória!